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terça-feira, 5 de junho de 2012

Adolescente estuprada na escola por três dias no Distrito Federal


Segundo a menina de 13 anos, na hora do intervalo, enquanto alguns alunos ficavam de guarda, outros a atacavam em uma sala vazia. Abusos teriam ocorrido em Ceilândia (DF)


Uma adolescente de 13 anos foi estuprada durante três dias seguidos por colegas dentro da própria escola, na cidade-satélite de Ceilândia, no entorno de Brasília.
Segundo a menina, portadora de transtorno de déficit de atenção (TDA), na hora do intervalo, alguns ficavam de guarda, enquanto outros a atacavam em uma sala vazia. Eles se revezavam, sempre na hora do intervalo, segundo informou a apuração da Delegacia da Criança e do Adolescente.
O delegado Amado Pereira, encarregado da investigação na Polícia Civil do Distrito Federal, informou que foram apreendidos nesta segunda-feira dois suspeitos de 17 anos e pelo menos outros dois são procurados para prestar depoimento.
Por não terem sido apanhados em flagrante, os dois adolescentes foram soltos após prestar depoimento e responderão ao processo em liberdade. Eles serão processados por estupro de vulnerável e podem ser condenados a até três anos de medidas socioeducativas. Um outro rapaz de 19 anos foi preso sob suspeita de ter colaborado com os estupradores.
Segundo depoimento de testemunhas à polícia, os abusos ocorreram quarta, quinta e sexta-feira passadas. Ela teria sido abusada por vários rapazes nos três dias. A Secretaria de Educação informou que só vai se manifestar após a conclusão do inquérito. Os pais da menina disseram que lutarão por justiça e vão pedir sua imediata transferência da escola.


Fonte: Ig


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Passeata estudantil pacifica acaba em prisão e repressão do estado no Maranhão


Nota de Repudio por Estudantes que foram presos em Manifestação Pacifica na cidade de Pinheiro

Ontem aconteceu a passeata dos Estudantes do Litoral Ocidental Maranhense na cidade de Pinheiro, onde é a sede da Unidade Regional de Educação, e onde todos os estudantes dessa região devem cobrar pelo seu direito a educação e melhorias para a mesma. E os estudantes das cidades de Central do Maranhão, Mirinzal, Presidente Sarney, Pinheiro, Guimarães e Pedro do Rosário, que inclusive são estudantes de escola pública estadual foram reivindicar a falta de professores nasescolas que é direito de qualquer um estudante procurar maneiras de tentar solucionar o problema junto com os órgãos competentes.

Mais lamentavelmente em uma manifestação pacifica, foi cortado o poder da liberdade de expressão da sociedade, ou seja, momentos de efeito da Ditadura Militar que esse governo tenta implantar em nosso estado, onde tivemos a prisão de dois estudantes, simplesmente porque utilizavam uma torneira da Unidade de Educação para molhar os cabelos e ela sacou, devido à pressão da agua,onde começou a jorrar, e uma FAXINEIRA altamente alterada que veio xingando e humilhando todo mundo,achou que aquilo era vandalismo e acionou a Policia Militar e eles respeitaram ordens dos maiorais e mantiveram os mesmos presos por 5 horas de relógio na Delegacia Regional de Pinheiro, só que no momento da prisão o problema foi solucionado e como o delegado regional falou “Não houve depredação ou crime algum, foi simplesmente questão politica, por que incomodou o governo”.

Mais triste ainda é de uma pessoa que estuda 5 anos para o curso de Direito, passa em concurso publico para Delegado de Policia e joga todo seu estudo fora e que hoje ocupa um cargo tão importante para a sociedade que é o de Superintendente de Policia Civil do Interior ser politizado e manipulado por esse governo que a pedidos do senhor Filuca Mendes pediu para manter os mesmos preso e autuá-lo em flagrante, simplesmente por um cano que sacou do encaixe.

E aqui eu repudio essa ação desse governo incompetente, que não respeita os estudantes ou qualquer membro da sociedade, mais isso acaba me dando mais força para denunciar e lutar pelos nossos direitos, pois saímos da Delegacia de cara erguida, por que nada foi provado e só estávamos lutando pelo o que é direito de todos, e nossos governantes não querem dar, espero agora que a justiça seja feita e que eles possam ser responsabilizados pelo ato de incompetência que cometeram.






DENNIS RIBEIRO

Vice-presidente MA/PI da UBES




Fotos da Passeata           



Torneira que provocou prisões


Mais fotos...

terça-feira, 17 de abril de 2012

Machado de Assis


Joaquim Maria Machado de Assis nasceu pobre e epilético. Era filho de Francisco José Machado de Assis e de Leopoldina Machado de Assis, neto de escravos alforriados. Foi criado no morro do Livramento, no Rio de Janeiro. Ajudava a família como podia, não tendo frequentado regularmente a escola.


Sua instrução veio por conta própria, devido ao interesse que tinha em todos os tipos de leitura. Graças a seu talento e a uma enorme força de vontade, superou todas essas dificuldades e tornou-se em um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos.

Entre os seis e os 14 anos, Machado perdeu sua única irmã, a mãe e o pai. Aos 16 anos empregou-se como aprendiz numa tipografia e publicou os primeiros versos no jornal "A Marmota". Em 1860, foi convidado por Quintino Bocaiúva para colaborar no "Diário do Rio de Janeiro". Datam dessa década quase todas as suas comédias teatrais e o livro de poemas "Crisálidas".

"Não levante a espada sobre 
a cabeça de quem te pediu perdão"


Em 12 de novembro de 1869 casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais. Esse casamento ocorreu contra a vontade da família da moça, uma vez que Machado tinha mais problemas do que fama. Essa união durou cerca de 35 anos e o casal não teve filhos. Carolina contribuiu para o amadurecimento intelectual de Machado, revelando-lhe os clássicos portugueses e vários autores de língua inglesa.

Na década de 1870, Machado publicou os poemas "Falenas" e "Americanas"; além dos "Contos Fluminenses" e "Histórias da meia-noite". O público e a crítica consagraram seus méritos de escritor. Publicou os romances: "Ressurreição" (1872); "A Mão e a Luva" (1874); "Helena" (1876); "Iaiá Garcia" (1878). Essas obras ainda estão ligadas à literatura romântica e formam a chamada primeira fase de Machado de Assis.

Em 1873, o escritor foi nomeado primeiro oficial da secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras públicas. A sua carreira burocrática teve uma ascensão muito rápida, uma vez que, em 1892, já era diretor geral do Ministério da Viação. O emprego público garantiu a estabilidade financeira, uma vez que viver de literatura naquela época era quase impossível, mesmo para os bons escritores.

Na década de 1880, a obra de Machado de Assis sofreu uma verdadeira revolução, em termos de estilo e de conteúdo, inaugurando o Realismo na literatura brasileira. Os romances "Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881); "Quincas Borba" (1891); "Dom Casmurro" (1899) e os contos "Papéis avulsos" (1882); "Histórias sem data" (1884), "Várias histórias" (1896) e "Páginas recolhidas" (1899), entre outros, revelam o autor em sua plenitude. O espírito crítico, a grande ironia, o pessimismo e uma profunda reflexão sobre a sociedade brasileira são as suas marcas mais características.

 

Em 1897, Machado fundou a Academia Brasileira de Letras, da qual foi o primeiro presidente, pelo que a instituição também conhecida como casa de Machado de Assis. Ocupou a Cadeira N.º 23, de cujo patrono, José de Alencar, foi amigo e admirador.

Em 1904, a morte de sua mulher foi um duro golpe para o escritor. Depois disso, raramente ele saía de casa e sua saúde foi piorando por causa da epilepsia. Os problemas nervosos e uma gagueira contribuíram ainda mais para o seu isolamento. São dessa época seus últimos romances "Esaú e Jacó" (1904) e "Memorial de Aires" (1908), que fecham o ciclo realista iniciado com "Brás Cubas" Machado de Assis morreu em sua casa situada na rua Cosme Velho. 


Foi decretado luto oficial no Rio de Janeiro e seu enterro, acompanhado por uma multidão, atesta a fama alcançada pelo autor.

O fato de ter escrito em português, uma língua de poucos leitores, tornou difícil o reconhecimento internacional do autor. A partir do final do século 20, porém, suas obras têm sido traduzidas para o inglês, o francês, o espanhol e o alemão, despertando interesse mundial. De fato, trata-se de um dos grandes nomes do Realismo, que pode se colocar lado a lado ao francês Flaubert ou ao russo Dostoievski, apenas para citar dois dos maiores autores do mesmo período na literatura universal.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Salvador Allende - História e Biografia

De acordo com seus amigos, "El Pije" (elegante), como Allende era conhecido, já discutia política aos 15 anos com a malícia de um veterano. Seus primeiros contatos com essa atividade aconteceram no colégio, quando conheceu o anarquista italiano Juan Demarchi, que lhe indicava leituras.

Allende estudou medicina na Universidade do Chile e, em 1927, foi eleito presidente do Centro de Alunos. Na mesma época, entrou para a maçonaria, seguindo uma tradição familiar. Em 1933, foi um dos fundadores do Partido Socialista Chileno, dele fazendo parte até 1946. Em 1937, foi eleito deputado e, dois anos depois, nomeado ministro da Saúde, função que exerceu até 1942. No ano seguinte, assumiu a direção do partido. Em 1945, foi eleito senador, cargo que ocupou durante 25 anos.

Salvador Allende perdeu por três vezes as eleições presidenciais, em 1952, 1958 e 1964, mas conseguiu eleger-se presidente do Chile em 1970, como candidato de uma coligação de esquerda, a Unidade Popular. Assim, entrou para a história da política mundial como o primeiro marxista a chegar ao poder através das urnas.

Allende assumiu a presidência no dia 3 de novembro de 1970 e durante seu governo nacionalizou as minas de cobre, a principal riqueza do país. Além disso, passou as minas de carvão e os serviços de telefonia para o controle do Estado, aumentou a intervenção nos bancos e fez a reforma agrária, desapropriando grandes extensões de terras improdutivas e entregando-as aos camponeses.

Desde que assumiu o poder, Allende tinha em mente o projeto de construir um "caminho chileno para o socialismo". Assim provocou a oposição da direita e do governo norte-americano, que uniram suas forças para prejudicar sua política. Em 4 de setembro de 1972, Allende denunciou em vão, nas Nações Unidas, as tentativas norte-americanas de desestabilização do Chile.

A situação econômica tornou-se catastrófica Os investimentos privados do Chile caíram e o desemprego aumentou velozmente. A população se revoltou e passou a protestar em manifestações turbulentas com a paralisação dos transportes e do comércio e com inúmeros atentados, que provocaram apagões e danificaram pontes e oleodutos.

Apesar das graves dificuldades econômicas, a Unidade Popular obteve 43% dos votos nas eleições de 1973. Em junho desse mesmo ano, porém, ocorreu uma frustrada tentativa de golpe de Estado. Três meses depois, no dia 11 de setembro, o governo de Allende foi derrubado pelo exército, liderado pelo general Augusto Pinochet.


Decidido a não entregar o poder, ele teria se suicidado na sala da presidência, com um tiro na cabeça de fuzil automático AK-47, presente do amigo cubanoFidel Castro. Há quem sustente que ele foi morto pelos militares. De qualquer modo, naquele dia, aos 65 anos, Allende tornou-se uma das primeiras vítimas da ditadura militar chilena, que durou 17 anos e deixou pelo menos três mil mortos ou desaparecidos.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ilhas Malvinas, a sua história.


As Ilhas Malvinas/Falklands (em inglês Falkland Islands) são territórios britânicos ultramarinos no Atlântico Sul constituídos por duas ilhas principais e um número elevado de ilhas menores, situadas ao largo da costa da América do Sul, mais ou menos à latitude de Río Gallegos. Sua capital é a aldeia de Stanley. A soberania sobre as ilhas é reclamada pela Argentina. Em 1982, argentinos e britânicos travaram a Guerra das Malvinas pela posse do território. Apesar da vitória militar britânica no conflito, o governo argentino mantém a reivindicação de soberania até hoje.


O nome dado a ilha.


O nome "Falklands" foi dado por John Strong em 1690, em homenagem ao Visconde de Falkand, nobre escocês, que era o patrocinador da sua expedição, enquanto o nome "Malvinas" deriva do nome francês Îles Malouines, dado em 1764 por Louis Antoine de Bougainville em referência à cidade francesa de Saint-Malo.


Geo-político


A autoridade executiva vem da rainha e é exercida pelo governador. A defesa é responsabilidade do Reino Unido. Há uma constituição que foi posta em prática em 1985. A perda da guerra contra o Reino Unido pela posse das ilhas levou ao colapso da ditadura militar argentina em 1983. Os argentinos ainda exigem o reconhecimento da soberania, apesar da negação e silêncio do Reino Unido. A ilha é oficialmente considerada propriedade soberana do trono britânico e sua majestade a Rainha Elizabeth. Em 2001, o primeiro-ministro britânico Tony Blair foi o primeiro a visitar a Argentina desde a guerra. No 22º aniversário da guerra, o Presidente Néstor Kirchner da Argentina em seu pronunciamento insistiu que as ilhas seriam parte do território argentino. Kirchner fez das ilhas uma de suas prioridades em 2003, e em junho desse mesmo ano o assunto foi levado para o comitê das Nações Unidas. Os moradores das Ilhas Malvinas são em sua maioria britânicos, e desejam manter os laços com o Reino Unido.[2] Em 2009 o Reino Unido começou a explorar petróleo na região, gerando reação da Argentina e dos países sul-americanos como Venezuela e Brasil. O governo argentino argumentou que a passagem de navios e a exploração em plataformas viola seu território, fato negado pelo governo britânico. Há um clima geopolítico pesado sobre o tema, nas possíveis consequências de uma nova guerra e no envolvimento de países aliados ao governo de Cristina Kirchner. O Reino Unido ignora o assunto, numa estratégia de esperar aonde tais desdobramentos chegarão e afirma a soberania do seu território com constantes exercícios militares e intercâmbio de civis britânicos na região.


GUERRA DAS MALVINAS, INFOGRÁFICO:
R7 Notícias

Entenda a história do conflito pelas Ilhas Malvinas




Fotos e imagens da Ilha:







Fotos da Guerra:

Retomada da Ilha pelos Argentinos

Organização do exercito argentino na Ilha

Navio Britânico, um total de 27mil homens 

terça-feira, 6 de março de 2012

Isso não é apenas a cor da minha pele, mas também a minha historia.



 “... ser negro no Brasil não se limita às características físicas. Trata-se, também, de uma escolha política. Por isso, o é quem assim se define.” ( Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana )


A desigualdade racial é algo muito presente em nossa sociedade brasileira e se manifesta de diferentes formas. Entretanto, isso não está ligado apenas à cor da pele, mas a uma história que faz parte da de muitos brasileiros. É a trajetória de um povo que sofreu e lutou por seus direitos e que luta ate hoje através do movimento negro, estudantil, etc.
Com a colonização européia no Brasil, veio também a escravatura. Negros eram trazidos da África em navios negreiros para trabalharem como escravos no Brasil. Viviam em péssimas condições de vida, além de muita tortura e castigos físicos. Entretanto, esse mesmo povo que sofreu, lutou pela sua sobrevivência. Eles formavam grupos que eram bem organizados; fugiam e formavam quilombos, onde os integrantes vivam em liberdade. Um dos mais famosos foi o Quilombo dos Palmares, comandado pelo Zumbi dos Palmares. Nesses quilombos, eles tinham total liberdade inclusive para as suas práticas religiosas.
A escravidão no Brasil durou por um longo período, e somente em 1888 ela é abolida. Entretanto, o Estado Republicano, com sua vocação elitista e excludente, não integrou os negros à sociedade brasileira. Fruto da discriminação racial, muitos negros ficavam sem moradia e sem meios para conseguiam empregos, submetendo-se a subempregos ou estando em plena marginalização social. A grande maioria passou a viver em péssimas condições, como os cortiços e favelas, além de assegurar a sua sobrevivência em trabalhos informais e temporários. Inúmeros textos literários, como as de Aluísio Azevedo e Lima Barreto, retrataram fielmente a vida e a exclusão social dos negros e mestiços, ainda nos idos da Primeira República.
Apesar de passados 124 anos após a abolição da escravatura, ainda se propaga em nossa sociedade brasileira o preconceito e a desigualdade racial, escondida sob a capa da “democracia racial”. Estudos indicam, com dados sistemáticos, que os negros possuem ainda salários inferiores aos que são brancos. Além disso, a taxa de desempregados e de analfabetismo é muito maior entre a população negra, se comparado com a branca. Quando o assunto é o homicídio, os índices maiores são as de pessoas negras. Em relação às mulheres, através de um levantamento feito pelo MDS em 2011, as 70,8% que se declaram pardas ou negras correspondem à parcela extremamente pobre da população brasileira, enquanto as que se declaram branca estão entre 50,5%. Estes dados, dentre tantos outros, apenas demonstram o quanto em nossa sociedade brasileira ainda reflete a desigualdade racial.
Alguns afirmam que não existe racismo no Brasil, porque somos uma mistura de raças. Se for assim, uma série de perguntas é formulada, na busca de respostas diretas: O que dizer diante de tais dados que atestam a forte disparidade social entre brancos e negros? Por que a parcela majoritária da classe trabalhadora e de subempregados que compõem o lumpenproletariado é de negros?  Por que as oportunidades maiores de trabalho são destinadas aos mais claros, em detrimento aos negros ou oriundos deste segmento? Por que nas escolas e até mesmo nas universidades, os estudos sobre Antropologia – baseada na questão étnico-racial – e em História – com a historicidade do povo africano e sobre a cultura afro-brasileira – são ainda um desafio, por sinal muito pouco explorado? Por que a cultura afro-brasileira é pouco valorizada ou às vezes só é “admirada” no dia 13 de maio e 21 de novembro? Por que o cabelo liso é mais “aceito” do que o “crespo”? Por que a vocação de um negro de “sucesso”, em plena sociedade capitalista, se resumem ao futebol e ao samba, sem se refletirem em outros campos ou áreas de conhecimento ou de atividade social?
Tais indagações nos levam a pensar em qual tipo de sociedade estamos e queremos construir. Uma sociedade com oportunidades iguais para todos, ou a que continua a repetir a historia de um passado injusto e opressor.
O censo de 2010 demonstra que 15% dos brancos têm nível superior e os negros correspondem a 4,7% apenas. Quando o ensino superior se refere à universidade publica, o percentual em torno da população negra diminui mais ainda. O numero de negros e pardos que ingressam no ensino superior na universidade publica é bem inferior a do branco. A evasão escolar nas universidades públicas dos negros são maiores ainda não apenas à conclusão dos cursos de graduação, mas nos de pós-graduação, como o mestrado e doutorado – além, é claro, nos cursos de maior concorrência candidato/vaga. Assim, quanto mais prestigio tiver o curso e a Universidade em que ele é oferecido maior é a concorrência e menor o publico negro.
Uma das medidas que podem ser feitas em curto prazo para essa reparação, e que haja igualdade racial dentro da Universidade publica, seria o oferecimento de cotas como política emergencial de reparação. A UERJ foi uma das pioneiras a implantar o sistema de cotas raciais no Brasil. Neste sentido, vale ressaltar que os estudos recentes da própria UERJ demonstram que os estudantes que ingressaram através desse sistema estão se saindo muito bem em sua carreira profissional e querem dar continuidade os estudos. Da mesma forma, as notas chegam a ser iguais ou maiores a dos estudantes que ingressaram pelo vestibular através da modalidade convencional. Isso é apenas um dos dados de que é possível a promoção de uma maior igualdade racial, demonstrando que, com vontade política, é possível promover uma plena igualdade racial, através da oportunidade igual para todos para assim reparar essa divida histórica que o Brasil tem com o negro. A médio e longo prazo, o Estado deve assumir para si o investimento pleno em uma Educação em Tempo Integral, Universal, Gratuito, Popular e de qualidade, a serviço do nosso povo e, em especial, democratizando o seu acesso ao segmento negro de nossa sociedade, ainda excluído do pleno acesso a oportunidades de excelência, seja educação, na cultura, no lazer e no trabalho, dentre outros direitos sociais afins.
Em nossa universidade, o debate sobre cotas ainda é tratado com muito conservadorismo. Entretanto, podemos considerar os avanços sobre esse tema. Hoje, a UFRJ já está em seu segundo ano de sistema de cotas sociais para alunos oriundos da rede pública. Nesse período, foi possível aumentar o percentual de 20% a 30% dessas cotas. O debate de cotas raciais ainda é um desafio a ser vencido; porém, caminhamos nesse debate, em que não tenha apenas cotas raciais e o mero aumento da porcentagem das cotas sociais, mas também uma política clara de assistência estudantil, onde o cotista, além de ingressar no ensino superior, venha a ter também condições de dar continuidades a seu curso.
São esses e outros desafios na construção de uma universidade plenamente democrática, popular, gratuita e de qualidade, à serviço do Brasil e do povo brasileiro. Nada mais!

Artigo de Natália Barbosa (Pedagogia UFRJ)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Campanha da Legalidade

A Campanha da Legalidade foi um movimento popular e militar, ocorrido no Rio Grande do Sul, que começou em 25 de agosto de 1961 e durou aproximadamente dez dias. O movimento se deu em função da renúncia do então Presidente da República, Jânio Quadros, e o não cumprimento da lei que previa que, em caso de renúncia, o vice-presidente deveria assumir. João Goulart era o Vice-Presidente e estava em viagem à China, país de regime comunista, contra o qual as forças conservadoras se opunham, e foi vetado pelos ministros militares, assumindo o cargo o Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzini (PSD).



Leonel Brizola, que naquele momento era o Governador do Estado do Rio Grande do Sul, reage não aceitando o golpe dos militares. A partir daí estava deflagrado o movimento que ficou conhecido como a Campanha da Legalidade e que mudou a História da Política em nosso país. A Brigada Militar é acionada, porque começa uma grande concentração de pessoas em frente ao Palácio Piratini, na Praça da Matriz, no centro de Porto Alegre.
Leonel Brizola faz o seu primeiro discurso da sacada do Palácio em defesa da ordem constitucional vigente. No dia seguinte o Ministério da Guerra manda bombardear o Palácio Piratini, aumentando a resistência popular contra o golpe.

O Rádio como uma força rebelde

 O Governador Brizola fala pelo rádio, denuncia o golpe contra Jango e pede para que a população se mobilize. Em retaliação, o Ministério da Guerra manda desligar todas as emissoras de rádio da cidade. Brizola, porém, com sua visão revolucionária e nacionalista, acreditando na força do rádio como um meio de aproximação com o povo, pensando na necessidade que a população teria de acompanhar o decorrer dos acontecimentos, requisitou a Rádio Guaíba, que liderava uma rede de 104 emissoras no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Brizola convoca população para defender o Brasil

Ordenou que os transmissores da Rádio Guaíba fossem transferidos para os porões do Palácio Piratini, formando a Cadeia da Legalidade. Com toda a precariedade das linhas telefônicas da época, o Governador falava com a população e lançava ao ar suas mensagens e discursos. Este recurso já havia sido utilizado por Che Guevara, que formou a “Rádio Rebelde”, usando deste meio de comunicação para aproximar-se do povo durante a Revolução Cubana, em 1959, mantendo a população informada acerca dos acontecimentos em Sierra Maestro e em todo o país caribenho.

A Cadeia da Legalidade conclama a todos que lutem pelo cumprimento da Constituição, tanto na capital como no interior do Estado, e armas são distribuídas para a população e passam a ser organizados comitês pela legalidade. São centenas de voluntários, o alistamento é feito nas esquinas, calçadas e teve o apoio do III Exército, dos estudantes, intelectuais, artistas e partidos políticos. As Forças Armadas se dividem, bancos são fechados, as aulas são suspensas, sindicatos de trabalhadores se manifestam e exigem o cumprimento da legislação. Enfim, a sociedade como um todo se mobiliza, numa verdadeira festa cívica em defesa da ordem jurídica e do regime democrático. Durante os dez dias da Campanha da Legalidade, o Governador Leonel Brizola recebeu 90 mil mensagens de apoio.

O Povo vai as ruas em defesa da Legalidade

Quando João Goulart (Jango) chega a Porto Alegre, no dia 1.º de setembro, tem uma multidão em frente ao Palácio Piratini aguardando por ele, que, sabendo de toda a situação, se cala. Sua posse é adiada para dar tempo ao Congresso Nacional, que vota, às pressas, uma Emenda Constitucional, a qual institui o sistema parlamentarista de governo, retirando os poderes do Presidente.
Jango era um homem pacifico e não deixou que houvesse confronto. Concordou em assumir a Presidência com Tancredo Neves, num sistema parlamentarista, tomando posse em 7 de setembro de 1961, sendo prevista a realização de um plebiscito, para consultar a opinião da população. O resultado do plebiscito, em 1963, foi a escolha do regime presidencialista e o governo de Jango terminou em 31 de março de 1964, com o Golpe Militar, que as forças conservadoras chamam de Revolução.

Leonel Brizola arduamente defendeu a legalidade


Mas o que fica como lição de cidadania, de luta pela democracia, pela observância da legislação, neste momento histórico que vivemos, em que inúmeras vezes a Constituição Brasileira não é cumprida, em que a participação popular soa como algo pejorativo e sem sentido, pensamos no significado da Campanha da Legalidade e na liderança de Leonel Brizola, este gaúcho altivo, corajoso e rebelde, para que os seus ideais não desapareçam e que sua experiência como grande político venha a ser imitada pelas futuras gerações.




Vânia Mara Pereira Machado
Professora História

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

REPRESSÃO E MILITARES VOLTAM AS RUAS PARA PRENDER E TORTURAR ESTUDANTES!

  O Governo do Piaui regride, e massacra passeata estudantil, momentos de puro autoritarismo e repressão marca o dia 11 de janeiro e assombra movimentos sociais pelo Brasil ao ver cenas chocantes da passeata que se deflagrou em um campo de tortura. Sem muitas palavras podemos ver o vídeo onde estudantes pacificamente pedem atenção das autoridades, para o aumento sucessivo das passagens na capital Teresina-PI.




 O Jornal do Estudante expressa seu total repudio da desnecessária força e truculência usada contra estudantes que saíram de suas casas em direção a uma passeata pacífica com o sonho de melhorar a vida da sociedade. Nossa direção vem dar apoio e cobrir da melhor formas os fatos.        

domingo, 8 de janeiro de 2012

Estudantes na luta Contra Aumento de Passagens Toma conta do País

 Começou em plena férias mais uma luta dos estudantes, a principal dela questiona a mobilidade pela cidade, fica na mira das organizações estudantis o transporte e seus lucros e seu péssimo atendimento a população. 


 A maioria dos aumentos foram dados em plena virada de ano, no Rio de Janeiro por exemplo, teve um aumento de 10% nos ônibus no dia 1º de Janeiro. Assim como em todo o país os estudantes mesmo de férias começaram a mobilização e ir para as ruas. Emocionante as cenas dos estudantes que foram brutalmente reprimidos no Piaui. O Jornal do Estudante que já se mobilizou várias vezes, vem mais uma vez e convoca todos os estudante do país para saírem as ruas, indo para as garagem de ônibus fechando seu acesso, invadirem estações de trem, metrô, barcas. Vamos marcar as nossas lutas nos muros da cidade, Passe-Livre, Meio Passe, Liberdade de Locomoção! 


Pelo Brasil:

Teresina, Piaui, estudantes nas ruas!

Rio de Janeiro contra os 10% de aumento!

Porto Alegre, Rio Grande do Sul diz não ao aumento!

Taboão da Serra e manifestação contra o aumento.


    Imagem da Luta!

Estudantes brutalmente reprimido pela PM em Teresina, Juntos vamos nos mobilizar pelo Brasil e mostrar a nossa força!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

As 15 melhores Pérolas em Provas

 Sabemos a nossa vontade de ter um sistema de ensino sério e atuante para nossos jovens poderem ter maior capacidade intelectual, mas vamos nos divertir vendo um pouco do descado que sofremos...

As 15 pérolas em testes e provas:















Fonte: Uol educação