Manifestantes ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE), a movimentos indígenas, negros e religiosos fizeram nesta quarta-feira um protesto na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados comparando o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ao ditador nazista Adolf Hitler. O parlamentar está envolvido no meio de polêmicas sobre opiniões consideradas racistas e homofóbicas e já afirmou, por exemplo, estar "se lixando" para o movimento gay.
Na última semana, durante o programa CQC, da TV Bandeirantes, em resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra, Bolsonaro respondeu: "Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu". No entanto, o deputado já afirmou que entendeu errado a pergunta e que não é racista.
No protesto desta quarta-feira, acompanhado pela ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, os manifestantes traziam cartazes em que Jair Bolsonaro aparece travestido de Hitler, além de palavras de ordem contra a homofobia e o racismo.
"A sociedade brasileira não aceita que um representante eleito por vias democráticas pratique crimes e incite o preconceito e reforce a opressão. Pressionaremos os congressistas pelo aprofundamento do processo de investigação por quebra de decoro parlamentar que já está em andamento na Câmara", afirma nota dos manifestantes.
"Qualquer caso meu vai parar na corregedoria. Grupos homossexuais me detestam, o PSOL, radical de esquerda ideológica, me detesta. Não é novidade. Soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde. Eu estou dentro do Congresso para lutar", disse Jair Bolsonaro em meio à polêmica.
O parlamentar responde a diversas representações na Câmara dos Deputados por conta das declarações do deputado
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